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Por Mariana Baltar
Nasci em Copacabana, filha de uma carioca e um pernambucano. Cresci ouvindo boa música brasileira de todos os tempos. Em casa, MPB. Com meus avós, tomei gosto pelo repertório das décadas de 30 e 40. Já com os Baltar de Recife - uma típica família pernambucana, cheia de tios e primos - aprendi frevos, cirandas e maracatus.
Minha querida avó Lena me colocou no balé aos três anos. Mais tarde passei a estudar danças moderna, contemporânea e popular. Aos 15, me matriculei num curso de dança de salão. Um ano depois já dava aulas e trabalhava como bailarina da Cia. Aérea de Dança – grupo nascido sob a lona do Circo Voador.
Com a Cia Aérea, além de espetáculos e turnês pelo Brasil e pelo mundo, frequentei gafieiras do subúrbio carioca e atuei como bailarina em shows de Paulo Moura, Jorge Ben Jor e Zeca Pagodinho. Sempre tive consciência de que a dança tinha, para mim, uma relação intrínseca com a música e foi durante o período em que trabalhei nesses shows que comecei a ter efetivamente vontade de abraçar uma nova profissão.
Minha estréia profissional como cantora foi com o pé-direito, ao lado de Paulo Moura e Cliff Korman no projeto Gafieira Dance Brazil, em Nova Iorque. Um susto!
Em 2001, estive envolvida num empreendimento muito importante para a minha vida: fui uma das sócio-fundadoras do Centro Cultural Carioca. Éramos quatro sonhadores dispostos a criar um espaço especial. E conseguimos - com muito sacrifício. Dois anos depois, assumi as noites de sábado, onde cantei sambas, marchinhas de carnaval, afoxés e forrós por cinco anos.
Durante esse período, produzi e lancei meu primeiro CD Uma dama também quer se divertir. Foram várias críticas elogiosas, convites para shows, indicação para o Prêmio Tim 2007 (categoria revelação), música na novela Negócio da China e convite para participar do programa Som Brasil, onde tive o privilégio de cantar com Milton Nascimento. Uma experiência absolutamente inesquecível!
Segui com as aulas de canto, retomei as lições de teoria musical e iniciei meus estudos de piano. Tive, então, a chance de integrar um grupo chamado Sonâmbulos, que gira em torno de dois jovens compositores espetaculares: Edu Kneip e Thiago Amud. Com eles, esmiucei muitas canções nota por nota e participei de shows onde recebíamos convidados em noites de músicas inéditas. Outra experiência e tanto.
Depois de um intervalo e de um maior amadurecimento, consegui estruturar minha equipe de produção e juntar um din-din para bancar a gravação do segundo CD - cuja realização contou com a ajuda da família, dos amigos e dos músicos. O produtor Josimar Carneiro realizou um trabalho maravilhoso e convocou um time campeão para entrar no estúdio. Foram grandes e inesquecíveis parcerias, uma delas com a Biscoito Fino que topou fazer a distribuição.
Agora sigo na minha batalha, estudando, escrevendo projetos e sonhando em cantar pelo mundo divulgando esse segundo CD que tem a minha cara e o meu nome –Mariana Baltar.
Fonte: http://marianabaltar.com/index.php
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